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Sindimov-MG atua há 90 anos em prol da indústria de transformação da madeira

Uma das ações estratégicas da entidade diz respeito ao pleito pela alteração da lei estadual que proíbe a queima da sobra do MDF

O mercado moveleiro passa por transformações notáveis com o passar dos anos. Mudanças que vão desde tendências de decoração a alterações mundiais, como a chegada da inovação e da sustentabilidade inerente a qualquer área. Completando 90 anos de história em 2024, o Sindicato das Indústrias do Mobiliário e de Artefatos de Madeira no Estado de Minas Gerais (Sindimov-MG) acompanha, de perto, as tendências do setor.

O presidente do Sindimov-MG, Maurício de Souza Lima, elenca os principais desafios e metas, em quase um século de existência e destaca o apoio à indústria moveleira mineira. Segundo ele, com mais de 130 indústrias associadas, um dos objetivos é ampliar esse número, uma vez que são mais de 3 mil empresas no setor no Estado.

“Apesar das dificuldades, o setor moveleiro tem crescido muito e é preciso que o industrial tenha consciência da importância do associativismo para ampliar o poder de negociação, a representatividade e as conquistas a favor do setor, como investimento em tecnologia”, defende o presidente.

Para isso, diversas ações estão sendo feitas em vistas de conferir robustez ao setor, como a inauguração, no início deste ano, da sede física em Carmo do Cajuru, na região Centro-Oeste, uma dos polos moveleiros de Minas Gerais. Lima diz que Passos é outro polo significativo e que já existem estudos para abrir uma sede física própria na região.

Além disso, as ações estratégicas para 2024 também incluem o pleito pela alteração da lei estadual vigente, que proíbe a queima da sobra do MDF. “Já contratamos empresas para fazer testes e os relatórios mostram que os resíduos gerados estão dentro dos parâmetros que a lei permite queimar”, explica. Ele argumenta que com a alteração da lei pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o resíduo que hoje vai para o aterro sanitário, poderia ter um fim mais sustentável. “Como o resíduo do MDF não pode ser queimado ou descartado no meio ambiente, a gente acaba jogando no aterro sanitário, não tem outra saída”, justifica. 

O dirigente ainda explica que o produto poderia estar sendo recolhido em uma central de resíduos e sendo comercializado para as indústrias que utilizam alto-fornos no processo de produção, como as de cerâmicas e as siderúrgicas. “Isso poderia ser um novo produto e um novo negócio para o setor”, completa.

Procurada, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que está em discussão uma minuta de Deliberação Normativa sobre os resíduos de MDF (chapa de fibra de madeira de média densidade) e MDP (painel de partículas de média densidade). E que tãp logo seja consolidada, a minuta será pautada no Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), espaço adequado para deliberação e recebimento de mais contribuições.

Mão de obra é o principal desafio

Atrair a nova geração para o setor moveleiro é um dos principais desafios do segmento. Neste sentido, o presidente do Sindimov-MG comenta que, especializada ou não, está difícil de contratar mão de obra para o setor.

Para amenizar o problema, ele diz que o sindicato renovou com o Serviço Social da Indústria (Sesi), o contrato de comodato por mais 20 anos. “Temos uma sede em que o Sesi ministra cursos exclusivos para o setor moveleiro, único em Minas Gerais. Por lá, já formamos mais de 1.400 alunos. O objetivo principal é qualificar a mão de obra, atrair as novas gerações e contribuir com novos empreendedores no segmento”, afirma o presidente.

Já as convenções coletivas são desafios considerados superados. Segundo ele, no ano passado foi possível fechar a convenção dentro do prazo e, este ano, a intenção é repetir o feito para evitar pagamentos retroativos.

Entre as conquistas da gestão ele comenta a implantação do banco de horas, que não existia, e a redução do pagamento do percentual da hora extra de 100% para 65%.

Trajetória do Sindimov-MG foi marcada pela resiliência

A história mostra que, ao longo dos anos, o Sindicato das Indústrias do Mobiliário e de Artefatos de Madeira no Estado de Minas Gerais defendeu os direitos e os interesses da indústria moveleira frente aos grandes desafios impostos pela evolução tecnológica. Atualmente, a entidade fomenta a modernização do segmento para garantir a competitividade do setor.

Vale dizer que o Sindimov-MG surgiu da fusão de duas entidades: o Sindicato da Indústria da Marcenaria e o Sindicato da Indústria de Serrarias do Estado de Minas Gerais. Em 1989, com objetivo de se modernizar e se reorganizar, o Sindicato da Indústria da Marcenaria no Estado de Minas Gerais passou a ser denominado como Sindicato das Indústrias do Mobiliário no Estado de Minas Gerais. A instituição reunia indústrias de móveis de madeira e marcenaria, subsetores de móveis de junco e vime, cortinados, estofados, escovas e pincéis, indústrias de vassouras e decorações.

O segundo passo em direção à atual estrutura foi a fusão com o Sindicato da Indústria de Serrarias do Estado de Minas Gerais, realizada em março de 1991, reunindo, a partir de então, todas as empresas de transformação da madeira.

Dessa forma, o presidente ressalta que o Sindimov-MG tem como missão promover a representação e o fortalecimento da indústria mineira do móvel e de artefatos de madeira, com foco na união e defesa do interesse coletivo.

“Também incentivamos o desenvolvimento social, cultural e tecnológico, por meio de ações que valorizem o empreendedorismo e a promoção de valores como qualidade, melhoria contínua, crescimento pela educação, ética, cidadania e responsabilidade social, interesse coletivo, respeito ao associado e união”, reforça.

Por fim, Lima pondera que evita dar à associação o status de sindicato, em função do valor pejorativo que a palavra ganhou ao longo da história, preza pela defesa dos interesses econômicos, profissionais, sociais e políticos de seus representados.

Fonte: Site Diário do Comércio

Postado em 07/05/2024