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Feiras e Eventos Moveleiros

o futuro, novos formatos e oportunidades

As feiras e eventos moveleiros enfrentaram um momento de profunda transformação nos últimos anos. A pandemia de COVID-19 alterou não apenas a logística desses eventos, mas também o comportamento do público e as demandas do mercado. O distanciamento social forçou organizadores a explorarem novas abordagens, como o digital e o híbrido, mas também evidenciou a importância do contato humano e da experiência presencial. O setor moveleiro, em particular, foi diretamente impactado por essas mudanças, dada a necessidade de interação física com produtos e compradores.

No contexto pós-pandemia, a busca por novos formatos que aliem tecnologia, sustentabilidade e experiência humana tem sido essencial. A transição para um futuro onde o presencial e o digital coexistam é inevitável, mas ainda cheia de desafios. Este artigo explora como as feiras estão se adaptando a esse cenário, destacando benefícios, dificuldades e oportunidades para o setor moveleiro, enquanto apresenta soluções inovadoras que prometem moldar os eventos nos próximos anos.

Nesta matéria, vamos explorar como as feiras estão se adaptando ao novo contexto pós-pandemia, destacando os benefícios e os desafios dessas transformações. Além disso, discutiremos as oportunidades que surgem com a incorporação de tecnologias e formatos sustentáveis. Ainda mais:

  1. Quais são os novos formatos adotados pelas feiras moveleiras pós-pandemia?
  2. A tecnologia pode substituir completamente os eventos presenciais?
  3. Quais os benefícios e desafios das feiras híbridas atualmente?
  4. Como a sustentabilidade está influenciando o formato das feiras?
  5. De que forma o setor moveleiro pode se preparar para o futuro dos eventos?

35% das feiras moveleiras no mundo já utilizam tecnologias de realidade aumentada e virtual, segundo projeções da Research and Markets (2023)

O impacto da pandemia no setor moveleiro

A pandemia de COVID-19 trouxe mudanças significativas ao setor de feiras e eventos. Com o distanciamento social, as reuniões presenciais precisaram ser substituídas por encontros virtuais, fazendo com que o mercado moveleiro se reinventasse rapidamente. Segundo um estudo publicado em 2023 pela UFI – The Global Association of the Exhibition Industry, 79% dos organizadores de feiras adotaram formatos online ou híbridos durante a pandemia para continuar ativos. Esse dado reflete o esforço do setor em se adaptar para manter o engajamento e a relevância.

No início e durante esse momento, acreditou-se que os formatos digitais seriam suficientes para atender às demandas de negócios. Porém, ficou evidente a necessidade do contato presencial, humano, e as feiras são o grande palco para isso. Euclides Longhi, sócio-fundador da Multimóveis e presidente da Movergs, ressalta: “As feiras são mais do que ambientes de negócios; elas criam conexões, permitem entender tendências e fortalecem relações com clientes e parceiros”. A Fimma Brasil, realizada pela Movergs, e a Movelsul Brasil, pelo Sindmóveis, comprovam essa relevância. Suas edições de 2022 e 2023 foram sucesso de público, reafirmando o valor único dos eventos presenciais.

Para Heliane Martins de Souza Hilário, gerente da INTERSIND, a transição para formatos híbridos é inevitável. “As feiras precisam se modernizar. O formato híbrido é interessante, mas a experiência presencial ainda é insubstituível no setor de móveis. As pessoas precisam se conectar e se relacionar, e isso é algo que a tecnologia não substitui totalmente”, afirma.

Benefícios e desafios dos formatos híbridos

O formato híbrido combina o presencial com o digital, oferecendo maior acessibilidade e alcance global. Contudo, essa abordagem também apresenta desafios. Segundo pesquisa da Statista realizada em 2022, 68% dos participantes de eventos preferem o formato presencial, especialmente em setores que envolvem produtos táteis, como o moveleiro. Por outro lado, o digital amplia a audiência e reduz custos para expositores.

“O setor moveleiro tem um diferencial: o contato direto com o produto é essencial. O híbrido vem para complementar, mas não para substituir”, pontua Heliane. Apesar disso, ela acredita que a modernização, com tecnologias como realidade aumentada e catálogos virtuais, permite uma experiência mais rica para os visitantes, além de democratizar o acesso a compradores de diferentes regiões. Longhi reforça o papel estratégico do formato híbrido: “Acredito que as principais oportunidades no formato híbrido sejam os projetos pré e pós-feira, desde reuniões preparatórias com expositores até a continuidade do relacionamento com os visitantes. A tecnologia é uma grande aliada nesse contexto, facilitando o compartilhamento de informações, guiando o público, gerando um engajamento que não se limita ao período das feiras”.

Por outro lado, organizar um evento híbrido exige infraestrutura técnica robusta e treinamento especializado. A integração entre o presencial e o digital deve ser feita de forma a oferecer uma experiência coesa para ambos os públicos. Essa demanda representa um custo adicional que nem todas as organizações estão preparadas para assumir.

Para Euclides Longhi, os formatos híbridos trazem o benefício de ampliar o alcance e engajar novos públicos. Porém, o desafio está em equilibrar a experiência digital com a riqueza do contato presencial.

A sustentabilidade como tendência indispensável

Outro aspecto crucial no futuro das feiras é a sustentabilidade. Eventos sustentáveis não são apenas uma tendência, mas uma exigência crescente do mercado. Dados do Relatório Global de Sustentabilidade em Eventos de 2022 apontam que 72% dos participantes valorizam eventos que minimizem o impacto ambiental.

Heliane destaca como sua organização tem incorporado práticas sustentáveis em suas feiras. “Adotamos crachás de papel reciclável com sementes que podem ser plantadas, copos e sacos de lixo biodegradáveis, e toda a estrutura da feira é reutilizável em edições futuras. Isso reduz drasticamente os resíduos”, explica.

Essas iniciativas mostram que é possível alinhar a experiência dos participantes com a responsabilidade ambiental. Contudo, o custo inicial de implementar soluções sustentáveis pode ser um obstáculo, especialmente para pequenas feiras e organizações independentes.

De acordo com Heliane Martins de Souza Hilário, eventos sustentáveis não são apenas uma tendência, mas uma exigência crescente do mercado. Com 72% dos participantes valorizando iniciativas que minimizem o impacto ambiental.

O papel das tecnologias emergentes

As tecnologias emergentes desempenham um papel crucial no futuro das feiras moveleiras. Realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e ferramentas de análise de dados estão transformando a experiência dos participantes e expositores. Um estudo da Research and Markets, publicado em 2023, projeta que o mercado global de AR e VR em eventos deve crescer 35% ao ano até 2028.

Essas tecnologias permitem que os visitantes explorem produtos em detalhes sem a necessidade de estar fisicamente presentes. Por exemplo, catálogos virtuais interativos e estandes digitais ampliam as possibilidades de negociação. Ainda assim, a implementação dessas ferramentas requer investimento em infraestrutura e treinamento.

Como o setor moveleiro pode se preparar

Para acompanhar as transformações do mercado, as organizações moveleiras precisam adotar uma mentalidade de inovação contínua, investindo em tecnologias que melhorem a experiência do cliente, priorizando a sustentabilidade e desenvolvendo modelos de eventos mais flexíveis. Euclides ressalta que o planejamento estratégico é essencial para atender às expectativas de expositores e visitantes. “Além de lançamentos e inovações, o público busca experiências e relações concretas. O expositor precisa ir além de alugar um espaço e expor produtos; ele deve pensar em formas estratégicas de engajar os visitantes. Da mesma forma, o evento precisa criar um ambiente propício ao network e à geração de negócios”, afirma.

Heliane complementa: “O futuro das feiras está na integração entre o presencial e o digital, combinando o melhor de ambos para atender diferentes necessidades.” Para ela, a colaboração entre empresas, organizadores e associações é fundamental para superar desafios e compartilhar boas práticas. Com planejamento estratégico e inovação, o setor moveleiro pode transformar feiras e eventos em experiências mais relevantes e lucrativas no cenário pós-pandemia.

 

Fonte: Site Setor Moveleiro

Postado em 06/02/2025