Movergs divulga manifesto em prol do setor moveleiro
Documento clamando pela colaboração da cadeia de fornecimento conta com apoio de sete entidades moveleiras de diferentes regiões do RS
O setor moveleiro gaúcho não consegue mais segurar no preço ao varejo os sucessivos reajustes nas matérias-primas, componentes, acessórios e embalagens aplicados desde maio do ano passado. De forma construtiva, a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) lança um manifesto nesta quinta-feira, dia 18, clamando pela união de esforços dos diferentes elos cadeia para o enfrentamento desse momento crítico de retomada do setor. O intuito é encontrar um entendimento para a continuidade das atividades do setor, que sabidamente têm encontrado dificuldade de absorver os reajustes nos insumos.
O documento, assinado pela Movergs com anuência de sete entidades moveleiras gaúchas, destaca que todos os segmentos da cadeia moveleira são codependentes. “Não se trata de uma disputa comercial, pois é sabido que os aumentos e a dificuldade de abastecimento afetam a todos num efeito cascata que vem desde os insumos primários. Trata-se, portanto, de buscar um diálogo construtivo e soluções colaborativas entre os pares da cadeia de madeira e móveis”, diz o documento, enviado para entidades empresariais e governamentais como Abimóvel, Fiergs e Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur).
O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de móveis do país. Conta com aproximadamente 2,8 mil indústrias moveleiras gerando 36.066 empregos diretos (Inteligência Comercial Movergs, com base nos dados do novo Caged em dezembro de 2020). O estado também é o segundo maior exportador de móveis do Brasil. As principais indústrias do estado têm reputação internacional na produção de mobiliário residencial.