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FIEMG promove debate sobre o futuro da energia

FIEMG promove debate sobre o futuro da energia

Primeira parte do Congresso de Energia discutiu os impactos do preço de energia para os consumidores e a transição energética no setor produtivo

Fotos: Sebastião Jacinto Júnior

Promover uma imersão exclusiva sobre fontes renováveis, transição energética, descarbonização, políticas públicas e temas estratégicos para o futuro do setor elétrico brasileiro. Esse foi o objetivo do Congresso de Energia, promovido pela FIEMG nesta quarta-feira (13/7), em sua sede, em Belo Horizonte.

“Não existe indústria sem energia, seja qual for o seu segmento. Ela é muito importante no processo de transformação da matéria-prima em produtos”, afirmou o presidente da Federação, Flávio Roscoe, na abertura do evento. “Este evento visa fornecer informações atualizadas sobre as matrizes energéticas, apresentar soluções sustentáveis e mais limpas e as inúmeras oportunidades para a indústria que o mercado de energia tem a oferecer”, ressaltou o líder empresarial.

O peso da luz para o setor produtivo e sociedade foi o tema de um dos painéis do evento. O assunto, apresentado por Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Livres, (Abrace), e por Anton Schwyter, coordenador de energia do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), abordou os caminhos para baratear a tarifa e tornar o segmento industrial mais competitivo. A mediação do painel foi feita por Clauber Leite, do Instituto Pólis.

Pedrosa apresentou o estudo “Os impactos dos preços de energia no desenvolvimento do país”, elaborado pela empresa Ex Ante Consultoria Econômica. Segundo Pedrosa, a pesquisa evidencia os reflexos do processo contínuo do encarecimento da energia elétrica e do gás natural na cesta básica dos brasileiros, no orçamento familiar, além dos custos de produção para a indústria brasileira.

Segundo o presidente da Abrace, o gasto com energia para algumas empresas chega a representar cerca de 40% do custo da produção, impactando, de forma direta, os setores produtivos. “A crise industrial, parcialmente causada pelo aumento das despesas com energia, refletiu-se na perda de dinamismo do crescimento econômico. A queda da produção industrial não apenas conteve a taxa de expansão do PIB, como reduziu a demanda por bens e serviços intermediários não produzidos, deixando de gerar renda e emprego”, ressaltou.

Segundo pesquisa apresentada por Schwyter, o gasto com gás e energia elétrica compromete metade ou mais da renda de 46% das famílias brasileiras. “Cerca de 22% das famílias diminuíram a compra de alimentos básicos para garantir a energia em suas casas. O estudo também revela que 76% dos brasileiros acreditam que a conta vai aumentar ano que vem”, informou.

O Idec defende a aplicação de uma estratégia que garanta segurança energética sem elevar os custos, utilização em larga escala das fontes renováveis, e a promoção de políticas de maior racionalidade nos subsídios, com a preservação de benefícios a consumidores mais vulneráveis e, ao mesmo tempo, a redução do montante geral de subsídios e descontos. “Apoiamos também a aprovação da PL 414, que moderniza e amplia a competição no setor, separando distribuição e comercialização de energia”, reforçou o coordenador do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.

Transição energética no contexto da indústria – O segundo painel do Congresso de Energia teve como tema “A transição energética e seus impactos no setor produtivo”. Os palestrantes foram Alexandre Salomão, gerente do Projeto de Descarbonização da empresa Vale, Thiago de Souza Amaral, gerente de Meio Ambiente e Apoio Tecnológico da CBMM, e Éder Quental, especialista de Energia e Utilidades da Gerdau. A mediação foi de Paula Valenzuela, diretora técnica da PSR.

O representante da empresa Vale apresentou o projeto Power Shifit, que está alinhado ao Acordo de Paris. “A Vale tem investido esforços e recursos para redução de emissões de gases de efeito estufa para mitigação dos impactos relacionados a mudanças climáticas. Trabalhamos em iniciativas relacionadas as mudanças climáticas em três principais rotas de solução:  Eficiência energética e eletricidade renovável, Biocombustíveis e Eletrificação e tecnologias inovadoras”, explicou.

Já Amaral trouxe para os participantes do congresso as iniciativas da CBMM relacionadas à preservação ambiental. “Temos uma história com o meio ambiente muito antiga e foi a primeira empresa certificada, de 1997, pelo ISO 14001”, afirmou. Quanto à questão energética, o gestor reforçou a essencialidade da energia nas indústrias que processam metais e salientou que a instituição investe em fontes renováveis.  “Cerca de 77% da energia consumida pela empresa em 2021 é originada de fontes renováveis”, afirmou.

Fonte: Site FIEMG

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Postado em 14/07/2022